domingo, 25 de agosto de 2013

A Conspiração do Bem, Artigo de Anand Rao

Conviver com pessoas que se consideram o supra-sumo em tudo, se acham, consideram-se mais que os outros é difícil. Lembro-me de uma pessoa que disse que não gostava de mim pois, eu andava com o nariz impinado. Ela esqueceu de dizer que tinha 1,50 mts e eu 1,95 mts.

Vez por outra me deparo com pessoas desse tipo. Que acham que suas idéias políticas, econômicas, culturais são tudo. Sempre que as ouço, digo: é, é mesmo. Na verdade nenhum de nós é o supra-sumo, estamos sempre aprendendo uns com os outros. Eu, nos meus textos jornalísticos, as vezes opino sobre aquele ou este músico. Pura besteira. Cada músico tem seu espaço e cada um cativa a alguns ou muitos com sua música.

Atuo na arte e cultura há tanto tempo e já vi tantos ditos “mascarados”. Hoje para mim quando encontro uma pessoa assim digo: nossa, caramba, você é admirável. E estou na verdade sentindo pena daquela pessoa mas, não vejo motivo para falar pois, ela por si só se considera o máximo e você ser o máximo para si é muito bom.

Há alguns que são admirados pelos familiares ao vivo, publicamente, mas, intimamente são criticados por estes, pelos próprios filhos mas, estes não dizem para não magoar ou criar uma desavença sem motivo. Eu por exemplo sempre fui uma pessoa criticada na arte de Brasília e sabem porque? 1- Sempre fui sincero. 2- Sempre me posicionei. 3- Sempre independi. Isso provoca e provoca muito. Depois de velho descobri isso ai passei a não me expor, a mentir para agradar, a não me posicionar, a não frequentar ambientes onde a maioria das pessoas ainda me odeia ou me critica.

Quantas e quantas vezes vejo pessoas que evitam confusão. Eu mesmo tenho este tipo de atitude várias vezes e talvez minha diabetes seja originária desta posição. Se nos posicionamos, somos odiados, se não, somos bem quistos mas, sabemos que não é nossa opinião aquela atitude. Então o que fazer?

Penso que algumas sugestões devem ser dadas. Primeiro, entre no mundo do outro e descubra o motivo porque este não gosta de você. Depois, se te interessar, saneie estas questões. Agora, muitas vezes faço o seguinte. Quando uma pessoa me faz mal, encho ela de elogios. Sabe porque? As vezes não adianta argumentar com esta ou aquela pessoa, não tenho mais força para isto. Atualmente só argumento quando a pessoa é fundamental na minha vida.

E os companheiros, aqueles que são casados. Se se abrem para o outro, deixam o outro muitas vezes preocupados ou de saco cheio. Então não devemos nos abrir para quem amamos? O que devemos fazer? Mentir como vejo algumas pessoas que nos seus locais de trabalho chamam todos de amor, coração e coisas quetais. O que fazer? Acho que devemos sim nos abrir para nossos companheiros senão o reladiconamento não tem razão de ser.

E concluo este texto filosófico e hoje, para muitos, filosofia é um saco. Creio que viver. Esta é a resposta. Esta é a postura que quero ter. Viva suas convicções de felicidade. Cada um é feliz de um jeito. Uns destruindo a vida, terão um preço a pagar, outros sendo bom para todos, terão outro preço a pagar, e outros matando e sendo encarcerados pela sociedade.

Obviamente, a sua felicidade vai até um limite e qual é o seu limite, é não prejudicar o outro. Sem estes artigos, eu que vivo hoje em total solidão quando viajo, não conseguiria viver. Usar pessoas como homens e mulheres tem se usado atualmente sexualmente não faz parte do meu ser. Em minhas viagens tento contemplar minha solidão, buscar minha felicidade e escrever para poder viver. Viver. Está é a resposta certa.

Por isso, amigos e inimigos, contem comigo. Contem sempre comigo. Pois, não me sinto bem se sacaneio alguém. Não me faz bem. O que me faz bem é fazer o bem, músicas, poemas e etc. E vocês. Ah... Vocês podem me sacanear que eu seguirei por uma outra trilha mas, te elogiarei sempre e a sua sacanagem se perderá no vazio.

Viva a vida e viva o bem. Fazer o bem a todos é fazer o bem a si. Eis a conspiração do bem.

Anand Rao
Jornalista, Músico e Poeta
Editor do Blog Jazz, Turismo e Drops

anandrao477@gmail.com

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