Li um texto
hoje escrito por uma moça que relatava que seu filho não queria ir à Festa da
Família, creio feita pela escola, só com a mãe. Queria ir com a avó, a bisavó e
o bisavô.
A avó, em
busca de sua felicidade, encontrou seu companheiro numa cidade distante e mora
com o mesmo. A bisavó estava em viagem e o bisavô é portador de deficiência. A
mãe relata que foi difícil convencer o pequeno com explicações mas, que
conseguiu com o amor que tem pelo mesmo.
A avó que é
uma pessoa extremamente simples, alegre por natureza, disse que ia chegar para
brincar muito e muito com o garoto. O bisavô não escreveu ainda suas
considerações. Intelectual que é, apesar dos posicionamentos religiosos, deve
refletir sobre o tema. E a bisavó, distante por vezes da internet, iria ter
acesso ao post através de uma irmã.
A nova
família, é uma família que se caracteriza de uniões e separações. A própria mãe
deste garoto, já se separou duas vezes, e tem posicionamentos fortes com
relação à mulher na sociedade. Existe uma pesquisa feita pelo IBGE que diz que
mais de 50% dos filhos das escolas públicas e privadas são filhos de pais
separados. Enfim... O que seria uma festa da família organizada por uma escola,
igreja, ou qualquer lugar que seja. Seria uma festa que tem que admitir que
hoje a família, aquela tradiconal de mamãe, papai, titio, vovô, vovó, bisavó e
bisavó não existe mais para a maioria.
As famílias
são diversas. Hoje há a família de homosexuais, de heterosexuais e de bisexuais.
As características da relação mudaram. Então uma festa da família seria festa
com pai, padrasto, ex-padrato e outra possibilidade não passível de reflexão na
minha mente. Seria uma festa de mãe, madrasta, ex-madrasta ou outra
possibilidade. De inúmeros tios, avós, bisavós, enfim, o que seria uma festa da
família.
A entidade, o
colégio, a igreja tem que diariamente fazer uma reflexão profunda sobre esta
festa para que haja equlíbrio não só para o filho como para a mãe ou o pai. É
uma festa que tem que ser trabalhada com muito critério, enfim, uma festa para
muitos e não poucos como era nos tempos antigos.
Ao garoto que
fez tais perguntas, fica o meu amor. Um garoto singelo que vive nesse mundo
moderno, cheio de nuances e trasformações. Mas, um garoto amado e o amor vence
tudo. Vence as inovações, vence as transformações. Ele com certeza vai ser
feliz, pois, é amado. E os que ainda não são amados, saibam, que na nova
família, com essas bifurcações, encontros e desencontros, sempre haverá um, ou
alguns, da nova ou antiga família que o amará e o amor. Ah... O amor vence sob
todos os aspectos.
Anand Rao
Jornalista,
Músico e Poeta
anandrao477@gmail.com
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