domingo, 25 de agosto de 2013

O Companheiro e A Companheira, Artigo de Anand Rao

É difícil escrever sobre um assunto tão complexo. A expressão marido e esposa me parece não é mais adequada para definir relacionamentos a dois. Hoje, a expressão companheiro e companheira, ou companheiro e companheiro no caso de casais homosexuais, como também, companheira e companheira seria a definição mais correta. O fato é o seguinte, o casamento sob a égide das igrejas precisa se modernizar e o Papa Francisco está aí para isso.

O que é ser um companheiro ou companheira. É compartilhar o sexo, sim, em toda a sua plenitude. Os dois têm que ser tudo na cama um para o outro. Não deve existir vergonha e sim o lado sem vergonha deve imperar. Deve nortear todos os fatos, atos e “hiatos” que possam existir durante o relacionamento sexual. Enfim... Transar com infinito prazer deve existir entre os dois, para os dois e com os dois. E se um dos companheiros não tem o potencial, o vigor físico do outro, deve usar a criatividade para fazer o outro gozar.

É compartilhar o lado financeiro. Sim. Quando um ganha muito menos que o outro, não deve haver este tipo de separação entre companheiros. Algumas pessoas são tão estranhas neste sentido que não querem depender do companheiro. Ninguém depende de um companheiro, se ele ou ela aceitou uma relação está compartilhando o lado financeiro em sua totalidade.

É não permitir a intromissão de familiares na relação. Sim. O companheiro que é submisso à opiniões paternas, maternas, de filho, seja de quem for, não sabe o que é uma relação a dois. O nome já diz, é uma relação a dois, portanto, ninguém tem o direito de se meter nessa relação. Nem familiares nem amigos.

É fazer com que o outro o admire. Sim. Se um dos companheiros deixar de admirar o outro com certeza ocorrerá a separação. Os aspectos são muitos numa relação e a admiração deve ser renovada sempre. Se não há admiração, há pena, há ajuda, mas, não há companheirismo. Um companheiro que só ajuda o outro virará psicologo, ouvidor, enfim, se desgastará de tal forma que deixará de amar o outro. Outro aspecto importante é a admiração profissional. Tem que haver admiração profissional entre os dois. Se um dos dois é um insucesso profissional, provocará também no outro o sentimento de pena, e ter pena de um companheiro é uma sensação de solidariedade e não de entrega.

É fazer com que a família o respeite. Sim. Companheiros devem fazer com que suas famílias respeitem-nos. Ou seja, o homem deve fazer com que todos da sua família respeite sua companheira, se heterosexual, bem como, a mulher. E para casais de homosexuais vale a mesma premissa.

Muitos dizem que o amor pode. Pode. Mas, é importante sempre renovar a chama do amor. Essa chama não pode se apagar ou virar cinza. Ela tem que ser renovada por atos e soluções que podem ser cativadas e cultivadas de várias formas.

Provavelmente, uma ou outra pessoa pensará que estou escrevendo este texto para ela ou ele. Não. Este texto quer apenas lembrar que a relação entre companheiros é intensa. Há penetração como há separação. É visceral e singular e deve sempre ser renovada sob todos os apectos. Ter um companheiro ou companheira por um grande período da vida é fácil. Não é necessário mudar de companheiro como hoje vemos a torta e a direita. É necessário sim estar atento, inovar, renovar e se apaixonar dia a dia, pois, a paixão diária gerará o amor infinito, eterno enquanto durar e durará para sempre se respeitos os preceitos da inovação e renovação.

Anand Rao
Jornalista, Músico e Poeta

anandrao477@gmail.com

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