É difícil
escrever sobre um assunto tão complexo. A expressão marido e esposa me parece
não é mais adequada para definir relacionamentos a dois. Hoje, a expressão
companheiro e companheira, ou companheiro e companheiro no caso de casais
homosexuais, como também, companheira e companheira seria a definição mais
correta. O fato é o seguinte, o casamento sob a égide das igrejas precisa se
modernizar e o Papa Francisco está aí para isso.
O que é ser
um companheiro ou companheira. É compartilhar o sexo, sim, em toda a sua
plenitude. Os dois têm que ser tudo na cama um para o outro. Não deve existir
vergonha e sim o lado sem vergonha deve imperar. Deve nortear todos os fatos,
atos e “hiatos” que possam existir durante o relacionamento sexual. Enfim...
Transar com infinito prazer deve existir entre os dois, para os dois e com os
dois. E se um dos companheiros não tem o potencial, o vigor físico do outro,
deve usar a criatividade para fazer o outro gozar.
É compartilhar
o lado financeiro. Sim. Quando um ganha muito menos que o outro, não deve haver
este tipo de separação entre companheiros. Algumas pessoas são tão estranhas
neste sentido que não querem depender do companheiro. Ninguém depende de um
companheiro, se ele ou ela aceitou uma relação está compartilhando o lado
financeiro em sua totalidade.
É não
permitir a intromissão de familiares na relação. Sim. O companheiro que é
submisso à opiniões paternas, maternas, de filho, seja de quem for, não sabe o
que é uma relação a dois. O nome já diz, é uma relação a dois, portanto,
ninguém tem o direito de se meter nessa relação. Nem familiares nem amigos.
É fazer com
que o outro o admire. Sim. Se um dos companheiros deixar de admirar o outro com
certeza ocorrerá a separação. Os aspectos são muitos numa relação e a admiração
deve ser renovada sempre. Se não há admiração, há pena, há ajuda, mas, não há
companheirismo. Um companheiro que só ajuda o outro virará psicologo, ouvidor,
enfim, se desgastará de tal forma que deixará de amar o outro. Outro aspecto
importante é a admiração profissional. Tem que haver admiração profissional
entre os dois. Se um dos dois é um insucesso profissional, provocará também no
outro o sentimento de pena, e ter pena de um companheiro é uma sensação de
solidariedade e não de entrega.
É fazer com
que a família o respeite. Sim. Companheiros devem fazer com que suas famílias
respeitem-nos. Ou seja, o homem deve fazer com que todos da sua família
respeite sua companheira, se heterosexual, bem como, a mulher. E para casais de
homosexuais vale a mesma premissa.
Muitos dizem
que o amor pode. Pode. Mas, é importante sempre renovar a chama do amor. Essa
chama não pode se apagar ou virar cinza. Ela tem que ser renovada por atos e
soluções que podem ser cativadas e cultivadas de várias formas.
Provavelmente,
uma ou outra pessoa pensará que estou escrevendo este texto para ela ou ele.
Não. Este texto quer apenas lembrar que a relação entre companheiros é intensa.
Há penetração como há separação. É visceral e singular e deve sempre ser
renovada sob todos os apectos. Ter um companheiro ou companheira por um grande
período da vida é fácil. Não é necessário mudar de companheiro como hoje vemos
a torta e a direita. É necessário sim estar atento, inovar, renovar e se
apaixonar dia a dia, pois, a paixão diária gerará o amor infinito, eterno
enquanto durar e durará para sempre se respeitos os preceitos da inovação e
renovação.
Anand Rao
Jornalista,
Músico e Poeta
anandrao477@gmail.com
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