domingo, 25 de agosto de 2013

Pipa, praias depois de falésias, ladeiras e mais ladeiras, é para quem tem saúde e saco para aguentar uma internet péssima

 Praia do Centro
 Imagem do mar na ida para Tibau do Sul
 Jean nosso taxista guia
 A boate de Pipa
 A creperia em Tibau de onde se vê o por do sol
 A ladeira 
 Ame em pipa
 Falésia e lá embaixo, depois de descer degraus, você curti o sol
A praia do centro

No Municícipio de Tibau do Sul no Rio Grande do Norte existe um vilarejo com diversas praias chamado Pipa. O vilarejo é todo acidentado com subidas e descidas, ladeiras ingremes e praias, em sua maioria que ficam depois de falésias. Ai está o diferencial deste vilarejo.

Se você é jovem, é um local ótimo. Mas, se é idoso, tem problemas na articulação, Pipa se torna inviável. Suas ruas são cheias de altos e baixos e o terreno é muito acidentado.

Sobre as falésias e suas praias as fotos anexas vão revelar mais do que textos e textos que eu venha a escrever.

A Internet

Trabalhamos com uma 3 G Plus, a mais rápida da Vivo, e com a internet do Condomínio Pipa Park Hotel durante o Pipa Fest Bossa & Jazz 2013, um festival de jazz e bossa. Foi péssimo. A internet é medíocre quando a cidade está cheia e Pipa é um dos pólos turísticos do Rio Grande do Norte. Qualquer jornalista que vier trabalhar aqui sofrerá e muito para postar suas matérias e fotos

Os Restaurantes

Preferimos ficar no hotél fazendo nossa própria comida. Por sinal foi uma festa, passamos 04 dias comendo macarrão integral com presunto e queijo, com linguiça defumada fininha e tomando Stella Artois, Guaraná Antarctica Zero, Água, fazendo sanduíche com um queijo super gorduroso de manhã. Enfim... Nossa diabetes é que vai dizer qual o legado deixado por esta alimentação (risos). Mas foi altamente divertido pois, nós somos muito ruim na cozinha. Na verdade somos péssimos.

O Hotél

O Condomínio Pipa Park Hotel tem quartos belíssimos, uma internet péssima, uma piscina rasa e você tem que solicitar a troca de toalhas, enfim, é um apartamento onde você faz tudo e a valorização ao lado ecológico é grande. Vale a pena você conferir. Agora nos chateou muito quando recebemos uma ligação de Agnes Tavares, companheira e editora conosco do Blog, e no interfone do quarto não pudemos receber pois não transferia, isso foi lastimável.

O Taxista

Todo o passeio por Pipa foi feito pelo taxista Jean ((84) 91273782 e 99337963). Cortês, taxista credenciado no hotél Pipa Park, nos levou a vários locais. Humilde, mas, muito gentil nos revelou que fala o básico, “dá pro gasto” segundo suas próprias palavras o inglês. Em Pipa, segundo ele, em 2013 tinha cerca de 75 taxistas.

A Cortesia

O passeio por Pipa foi uma cortesia do hotél através da gerente geral, Eliane, absolutamente cortês e competente em sua profissão e no trato com o cliente. Parabéns ao hotél por tê-la na gerência.


Anand Rao
Jornalista, Músico e Poeta

anandrao477@gmail.com

A Festa da Família e a Família Moderna, Artigo de Anand Rao

Li um texto hoje escrito por uma moça que relatava que seu filho não queria ir à Festa da Família, creio feita pela escola, só com a mãe. Queria ir com a avó, a bisavó e o bisavô.

A avó, em busca de sua felicidade, encontrou seu companheiro numa cidade distante e mora com o mesmo. A bisavó estava em viagem e o bisavô é portador de deficiência. A mãe relata que foi difícil convencer o pequeno com explicações mas, que conseguiu com o amor que tem pelo mesmo.

A avó que é uma pessoa extremamente simples, alegre por natureza, disse que ia chegar para brincar muito e muito com o garoto. O bisavô não escreveu ainda suas considerações. Intelectual que é, apesar dos posicionamentos religiosos, deve refletir sobre o tema. E a bisavó, distante por vezes da internet, iria ter acesso ao post através de uma irmã.

A nova família, é uma família que se caracteriza de uniões e separações. A própria mãe deste garoto, já se separou duas vezes, e tem posicionamentos fortes com relação à mulher na sociedade. Existe uma pesquisa feita pelo IBGE que diz que mais de 50% dos filhos das escolas públicas e privadas são filhos de pais separados. Enfim... O que seria uma festa da família organizada por uma escola, igreja, ou qualquer lugar que seja. Seria uma festa que tem que admitir que hoje a família, aquela tradiconal de mamãe, papai, titio, vovô, vovó, bisavó e bisavó não existe mais para a maioria.

As famílias são diversas. Hoje há a família de homosexuais, de heterosexuais e de bisexuais. As características da relação mudaram. Então uma festa da família seria festa com pai, padrasto, ex-padrato e outra possibilidade não passível de reflexão na minha mente. Seria uma festa de mãe, madrasta, ex-madrasta ou outra possibilidade. De inúmeros tios, avós, bisavós, enfim, o que seria uma festa da família.

A entidade, o colégio, a igreja tem que diariamente fazer uma reflexão profunda sobre esta festa para que haja equlíbrio não só para o filho como para a mãe ou o pai. É uma festa que tem que ser trabalhada com muito critério, enfim, uma festa para muitos e não poucos como era nos tempos antigos.

Ao garoto que fez tais perguntas, fica o meu amor. Um garoto singelo que vive nesse mundo moderno, cheio de nuances e trasformações. Mas, um garoto amado e o amor vence tudo. Vence as inovações, vence as transformações. Ele com certeza vai ser feliz, pois, é amado. E os que ainda não são amados, saibam, que na nova família, com essas bifurcações, encontros e desencontros, sempre haverá um, ou alguns, da nova ou antiga família que o amará e o amor. Ah... O amor vence sob todos os aspectos.

Anand Rao
Jornalista, Músico e Poeta

anandrao477@gmail.com

O Companheiro e A Companheira, Artigo de Anand Rao

É difícil escrever sobre um assunto tão complexo. A expressão marido e esposa me parece não é mais adequada para definir relacionamentos a dois. Hoje, a expressão companheiro e companheira, ou companheiro e companheiro no caso de casais homosexuais, como também, companheira e companheira seria a definição mais correta. O fato é o seguinte, o casamento sob a égide das igrejas precisa se modernizar e o Papa Francisco está aí para isso.

O que é ser um companheiro ou companheira. É compartilhar o sexo, sim, em toda a sua plenitude. Os dois têm que ser tudo na cama um para o outro. Não deve existir vergonha e sim o lado sem vergonha deve imperar. Deve nortear todos os fatos, atos e “hiatos” que possam existir durante o relacionamento sexual. Enfim... Transar com infinito prazer deve existir entre os dois, para os dois e com os dois. E se um dos companheiros não tem o potencial, o vigor físico do outro, deve usar a criatividade para fazer o outro gozar.

É compartilhar o lado financeiro. Sim. Quando um ganha muito menos que o outro, não deve haver este tipo de separação entre companheiros. Algumas pessoas são tão estranhas neste sentido que não querem depender do companheiro. Ninguém depende de um companheiro, se ele ou ela aceitou uma relação está compartilhando o lado financeiro em sua totalidade.

É não permitir a intromissão de familiares na relação. Sim. O companheiro que é submisso à opiniões paternas, maternas, de filho, seja de quem for, não sabe o que é uma relação a dois. O nome já diz, é uma relação a dois, portanto, ninguém tem o direito de se meter nessa relação. Nem familiares nem amigos.

É fazer com que o outro o admire. Sim. Se um dos companheiros deixar de admirar o outro com certeza ocorrerá a separação. Os aspectos são muitos numa relação e a admiração deve ser renovada sempre. Se não há admiração, há pena, há ajuda, mas, não há companheirismo. Um companheiro que só ajuda o outro virará psicologo, ouvidor, enfim, se desgastará de tal forma que deixará de amar o outro. Outro aspecto importante é a admiração profissional. Tem que haver admiração profissional entre os dois. Se um dos dois é um insucesso profissional, provocará também no outro o sentimento de pena, e ter pena de um companheiro é uma sensação de solidariedade e não de entrega.

É fazer com que a família o respeite. Sim. Companheiros devem fazer com que suas famílias respeitem-nos. Ou seja, o homem deve fazer com que todos da sua família respeite sua companheira, se heterosexual, bem como, a mulher. E para casais de homosexuais vale a mesma premissa.

Muitos dizem que o amor pode. Pode. Mas, é importante sempre renovar a chama do amor. Essa chama não pode se apagar ou virar cinza. Ela tem que ser renovada por atos e soluções que podem ser cativadas e cultivadas de várias formas.

Provavelmente, uma ou outra pessoa pensará que estou escrevendo este texto para ela ou ele. Não. Este texto quer apenas lembrar que a relação entre companheiros é intensa. Há penetração como há separação. É visceral e singular e deve sempre ser renovada sob todos os apectos. Ter um companheiro ou companheira por um grande período da vida é fácil. Não é necessário mudar de companheiro como hoje vemos a torta e a direita. É necessário sim estar atento, inovar, renovar e se apaixonar dia a dia, pois, a paixão diária gerará o amor infinito, eterno enquanto durar e durará para sempre se respeitos os preceitos da inovação e renovação.

Anand Rao
Jornalista, Músico e Poeta

anandrao477@gmail.com

Stanley Jordan, o guitarrista pianista no Pipa Fest Jazz & Bossa 2013

Stanley Jordan sob o olhar da fotografa Silvia Alberti

A lua entre nuvens, olhares atentos para o guitarrista que toca com as duas mãos encima do traste, hoje com os cabelos lisos, Stanley Jordan foi o espetáculo da terceira noite do Fest Bossa & Jazz Pipa 2013.

Interpretou Beatles, Led Zeppelin, músicas eruditas, com uma técnica diferenciada. Vez ou outra se notam notas fora do lugar, e esta é a magia do jazz, se tudo estivesse num lugar, sem criatividade, inovação, não seria jazz e sim música sertaneja.

Foram duas horas de pura emoção onde o público viajou.

O Erro

Jordan não foi o último a tocar pois, a organização quis deixar por ultimo Artur Menezes. Que erro crasso. Foi necessário a apresentadora informar que ainda havia show depois de Jordan. Eu não gostaria de estar na pele de Artur.

O diferencial

A técnica ao tocar, única, singular.

O repertório

Comum. Jordan arrancou aplausos tocando standards mas, também tocou composições próprias. Em cada país creio ele toca com músicos locais, portanto, os standards salvam. Mas, quando tocou composições menos conhecidas, gravados no seu dvd, encantou.

Agora sózinho ele é singular, mágico, enfim, não há adjetivos para definir este guitarrista que toca utilizando a técnica do piano no traste. Parabéns Jordan e parabéns à organização do Festival por trazê-lo, apesar do erro de colocação deste monstro na sequencia de músicos que tocaram na terceira noite.

Anand Rao
Editor do Blog Jazz Turismo e Drops
Jornalista, Músico e Poeta
anandrao477@gmail.com


sábado, 24 de agosto de 2013

Novos Rumos para o compositor sem fama – Por Anand Rao

Pensei em colocar o título “Novos Rumos para o Compositor Independente” e notei que não cairia bem, pois, dependemos do público, dos gestores, empresários, somos na verdade altamente dependentes. Ai me soou melhor o título que está acima.

Dividirei o texto em poucos tópicos o que facilitará a compreensão do leitor.

A minha música

Tenho um dom, o dom de compor. Musico poemas no palco sem nunca ter lido, como também, faço letras e músicas no palco sobre temas diversos sem ser rap nem repente, cada música tem de 20 a 30 acordes e ritmos diversos, nominei-a de MPBJazz.

Em sendo assim tenho que buscar rumos para minha música. Tentei que algum parente, filho ou companheira, participasse da minha produção mas, a sazonalidade financeira levou com que estes não valorizassem a minha música. Sou sózinho na minha produção, agenciamento e divulgação.

Tentei tocar em bar, mas, tocar canções próprias em bar quando não divulgadas pela mídia, não são ouvidas. Tentei compor no palco em bares, cafés, e verifiquei a mesma situação. Agora, descobri novos rumos. Instigado pelo Secretário de Cultura de Campinas bolei um projeto para ser desenvolvido em escolas públicas municipais e, segundo Marisa Confortim, estaduais. Penso em atuar com alunos de 16 anos para cima onde explicaria processos musicais de musicalização de textos, comercialização das músicas, divulgação do trabalhos musical em um workshop onde seriam selecionados 40 alunos interessados no tema. No sábado, no município que valorizar o nosso projeto, fariamos show aberto à população sobre o mesmo tema. Estou na luta para fechar parcerias com prefeituras, como também, descobri que atuando em parceria com um músico/produtor daquela região, oferecendo-lhe 30% de tudo que entrar, pode ser que “dê samba”.

Outro rumo para minha música e que engatinha em 2013 é a musicalização de temas em eventos diversos. Por exemplo, num Congresso de Marcas de Lingerie, fariamos no palco músicas sobre o tema, bem como, os expositores e suas marcas. Estamos utilizando o mesmo processo relatado com relação ao poder público, estamos também tentando parcerias com produtores. A linha de ação é: apresentamos um projeto, fazemos uma música sobre as informações contidas no site do evento e vamos ver se esse show de músicas personalizadas se realiza.

Um terceiro caminho é a musicalização de poemas de poetas diversos. Neste projeto não avaliamos os poemas dos poetas e sim os poetas e seu interesse na musicalização. Enviamos um projeto para os mesmos e o poeta não tem nenhum custo e sim lucro. Participa conosco enviando poemas com até 10 versos, 10 linhas, e depois, comercializa conosco o CD. Enfim... É um proceso mágico que está me levando a ter vários amigos e o faturamento é pequeno mas, acontece pois, ganhamos na comercialização do CD. O poeta vende o CD para seus amigos ou quem o admira por R$ 18,00 (dezoito reais). Se adquire um CD nos paga R$ 15,00 (quinze reais) pelo mesmo e lucra 03 reais. Se adquire cinco CDs para revenda, para R$ 12,00 (doze reais) por cada CD e se dez para R$ 11,00 (onze reais). Ou seja, enviamos tudo prontinho com frete incluso. Este projeto está indo bem.

E por fim, músicas personalizadas sobre temas diversos. No dia dos namorados, musicamos relações. Em Bodas de Ouro, a história da família. Enfim... Musicamos tudo que nos é solicitado.

Teatro, não é o caminho, pois, teriamos que ter a música divulgada nas rádios para encher. Rádios, não nos tocam, principalmente as que querem jabá, as que pagam direitos autorais, as que mais tocam a música independente é a que não paga direitos autorais. Bares, já foi relatado acima. Enfim... Cada compositore tem que buscar o seu caminho para deslanchar, ou ser ouvido e valorizado, enquanto estiver vivo.

Os Compositores no geral

Aqueles que têm contato com novelistas, têm que tentar colocar suas músicas nas trilhas das novelas. Esse mercado é ingrato, é músico comendo músico. Os que têm chance de fazer trilhas para cinemas, devem agir, é um mercado também desumano. Os que podem fazer jingles diversos devem agir, aí precisa-se de músicos para produzir a trilha, de nome no mercado, enfim.

Mas, teatro, bares, cafés, este não é o caminho. Quem conseguir produzir um vídeo que vire um viral no You Tube tem chance, mas, geralmente um viral tem que ser vídeo bem produzido pois, tem que atingir e só é visto, quem tem uma boa produção. Para tanto é necessário ter verba para investir num bom clipping, sem saber, se vai haver retorno. Mas, quem tem deve investir pois, quem não arrisca, não petisca.

Há também a linha utilizada pelo músico Marcos Assumpção onde vai a todos os eventos literários, pois, musicou poemas de Florbela Espanca e diz ele: estando num evento, você é visto, e pode fechar novos caminhos para sua música.

Fazer um CD, hoje é fácil. Difícil é agilizar o mesmo no mercado. Se você quiser uma produção ou ela cobra fixo, ou, se você tiver nome, percentual. Enfim... O compositor, cada um, tem que se virar pois, o interprete quer ser aplaudio e raramente vai se dispor a cantar a sua música. Para ele cantar, pelo menos estadualmente, você tem que ser conhecido pelo menos no local que reside, pois, todo interprete quer aplauso e comercialização da sua interpretação.

Internet

Hoje upload, vendas de sua música na mesma noite em que é enviada, tudo isso é muito fácil e é sobre isso nosso workshop. Também é fácil você ter uma página pública acessada. Enfim... Somos expert no assunto. Este caminho, a internet, é um veículo fundamental para o músico e pode ser usado à exaustão mas, você deve estar atento às mudanças diárias deste nicho que a cada dia se renova e moderniza.

Espero com o texto acima não tenha desanimado os novos compositores e sim, estimulado. Há espaço para nós. Claro que há mas, precisamos sempre inovar, criar caminhos para a nossa música e sempre acreditar. Mesmo que os desafios sejam muitos e isto é estimulante. A grande força da vida é continuar em busca do seu objetivo, sempre e sempre, e digo e afirmo, é importante que este nunca seja atingido, sejam vencidas etapas, pois, assim sua vida terá muito, muito sentido e será uma vida singular em busca de um objetivo e se este for atingido, outro nascerá.

Vamos viver e correr atrás do sonho, este é lema que nos rege.

Anand Rao
Jornalista, Músico e Poeta

anandrao477@gmail.com

No segundo dia, Ivan Lins, arrasa no Fest Bossa & Jazz Pipa 2013

 Krystal
 Krystal
 Krystal
 Ivan Lins 
 Ivan Lins
Público Geral

Fotos acima de Silvia Alberti

O primeiro a entrar no palco foi Sebastian Pitré. Com boa técnica ao violão, solou, interpretou Chick Corea, violão espanhol, enfim, fez o que todo bom violonista faz mas, em termos de arranjo e emoção deixou a desejar. Não foi mágico, foi comum, normal, par. Não foi ímpar, tentou, mas, se deixou levar pela mesmice ao tocar e interpretar.

A segunda a entrar foi Krystal. Acompanhada de uma banda competente interpretou João do Vale, canções diversas, e lembrou várias cantoras brasileiras. Os arranjos tradicionais, os músicos bons, ela também cantando bem, mas, nada que venha a fazer com que seja destaque no cenário nacional. Se bem trabalhada por um produtor, que tenha conhecimento do mercado nacional, pode vir a ter seu espaço. Estadualmente já tem, o público vibrou. E nacionalmente pode vir a ter, tem capacidade e magia e a morenidade brasileira.

Agora, apesar de estar há tanto tempo no mercado, Ivan Lins se renova a cada momento. Respeitadíssimo pelos jazzistas americanos, suas composições têm sequencias harmônicas singulares. Interpreta suas canções de diversas formas, com vários bites e feelings. Tendo à frente do baixo Nema Antunes e dos teclados Marquinhos Brito, dois queridos amigos que articularam a Noite de Jazz do Woodstock Cult, bar em Brasília que foi nosso, eles arrasaram e junto com Ivan me emocionaram de todas as formas. Ivan é um menino quando entra no palco, buscando novas formas de interpretar sua própria música, ele mostra o muito que sabe de música e sempre e sempre está acompanhado por excelentes músicos, enfim, ele foi o rei, o Pelé (se lembramos de ídolos antigos), o Messi (por se renovar a cada dia) da noite. Ele e sua banda arrasaram.

O Detalhe

O detalhe do início da noite foi a lua, linda, conquistando os corações de todos que aos poucos foram lotando o palco principal do festival.

A Estranheza

Não teve bis do Ivan Lins, estranho, não entendi.

Na Internet

Sebastian Pitré
Krystal
Ivan Lins

A Cidade

Cheia, linda e singular, com suas ladeiras, idas e vindas, está dando o que falar. Enfim... O festival é um encanto e o Rio Grande do Norte, especialmente, Pipa estão de parabéns.



Anand Rao
Editor do Blog Jazz, Poesia e Drops
Jornalista, Músico e Poeta

anandrao477@gmail.com

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A fotografa Silvia Alberti fará parceria com o Blog para ilustrar o Pipa Fest & Bossa Jazz 2013

A fotografa profissional Silvia Alberti estará fazendo parceria com o Blog na cobertura do Pipa Fest Bossa Jazz 2013.

Nos sentimos muito honrados com tal parceria e divulgaremos ao máximo o trabalho de Silvia, um trabalho sério, norteado de profissionalismo e competência.

Fotos enviadas por Silvia para o Blog






Silvia na Internet

Facebook
Silvia Alberti Foto & Design

Anand Rao
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Condomínio Pipa Park nos hospeda no Fest Bossa Jazz Pipa 2013






Para chegar nesse hotél há 150 metros de terra e está a 600 ou 800 metros da pista principal de Pipa. Numa área acidentada, entre ladeiras e paralelepidedos, conseguimos chegar a este hotél. Tio Murilo que nos deu carona do aeroporto de Natal até aqui, a quem agradecemos de coração, estava atento pois, até chegar no hotél o caminho é estranho parece que você está indo para um refúgio no meio de uma região com residências muito simples.

Quando você chega no hotél não sabe se chegou pois, não há uma recepção claramente identificada. Os funcionários que te recepcionam são excelentes, principalmente a Elaine, que dispensa toda atenção, não só na sua chegada mas, pelo telefone, sendo atenciosa, cortês e informando tudo que é perguntado com exatidão e descontração.

A grande surpesa está no quarto/apartamento do hotél. Com toda uma infra-estrutura, tv de plasma, ar condicionado silencioso, sofá, fogão, microondas, talheres, louças, uma varanda belíssima, rede, um banheiro onde no vaso há uma ducha para asseio, enfim, um apartamento completo. Uma geladeira de grande porte, enfim, um show.

De nossa varanda viamos a piscina onde segundo alguns funcionários tem cerca de 1 metro e meio na parte mais funda. Há a possibilidade de limpeza mediante pagamento de taxa extra diária, comprove no final ao ver os sites disponíveis na internet. Enfim... É um local que vale a pena para sua estadia e o custo benefício com relação à outras hospedagens de Pipa é muito bom. Agora venha preparado para lavar sua roupa, arrumar o seu quarto, pois, este é um apartamento onde você faz tudo.

O ponto fraco para mim que sou jornalista é a velocidade da internet. Utilizei o 3 g Plus da Vivo e a rede wi-fi do hotél, todos dois deu uma velocidade máxima de 400 k. Muito ruim para uma região tão elogiada em todos os sites turísticos do Brasil, portanto, é uma área que precisa melhorar e muito na qualidade da sua internet. E não sei se Tim, Oi, Claro pegaria por aqui pois, não tenho produtos destas marcas.

No mais você venha para desfrutar da paz ao ficar neste hotél. Apesar da falta de educação de alguns brasileiros que costumam se expressar de forma efusiva, ou seja, de falar alto, nada mais o incomoda.

É um bom local para você ficar em Pipa.

Ah... Um pequeno detalhe. Um dos funcionários nos informou que no fim da tarde pode ocorrer um ataque de mosquitos. Até agora não tivemos essa experiência e espero que não ter. Se ocorrer relataremos em uma matéria futura. Mas, prevenir é melhor que remediar, portanto, no fim da tarde portas e janelas fechadas e o ar condicionado ligado pois, a região é quente.

Internet

Facebook
Pipa Park

Anand Rao
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Pipa sonha em acordes de cordel fusion e blues

O início do Pipa Fest Bossa Jazz 2013 foi especial. Pelas ruas de pipa a banda Bossa & Jazz Street Band convidava as pessoas para o palco principal do festival tocando “standards”, “New Orleans Music” e MPB/Bossa Nova arranjada especialmente para este formato. A banda é formada por músico da cidade de Cruzeta no interior do Rio Grande do Norte e coordenada pelo maestro português Eugênio Graça. Ela terminou sua peregrinação no palco principal.

Depois foi a vez do gupo potiguar Saturnino, o que mais me impressionou na noite. Eu que participei este ano do Festival de Jazz de Montreux, fiquei literalmente apaixonado por este grupo como arranjo que me lembraram grupos antigos da música instrumental brasileira mas, com um toque absolutamente diferenciado. O Saturnino sabe o que é música. Composto, segundo informações do site do festival, por instrumentistas com vasta experiência no cenário regional, lançou em 2011 o disco intitulado “Saturnino e o Disco Avuado”. Nasceu em 2007 e é composto segundo informações do You Tube por Ricardo Baya (guitarra, violão, viola de 12 cordas e voz), Zé Fontes (contrabaixo e voz), Ronaldo Freire (flauta e flautim), Jaildo Gurgel (bateria), Kléber Moreira (percussão) e Sami Tarik (percussão).

E por fim, como santo de casa não faz milagre, pois, o Saturnino tinha que ser o grupo para fechar a noite, veio o Peter “Mad Cat”Ruth. Ganhador do Grammy é um dos maiores gaitistas do blues. Tem quase 50 anos de carreira e tocou com lendas do jazz como Gerry Mulligan, Paul Desmond e Dave Brubeck. Fez um excelente show, um tradicional show. Como arranjos tradicionais e agradou.

Como sou partidário sempre da inovação, curti o Peter mas, tenho visto ao longo da minha vida como jornalista que cobre festivais, muitos que tocam como ele, com sua pulsação e que muitas vezes não ganham um Grammy por não possuir um bom produtor ou etc. Essas coisas extra palco da música.

Fiquei realmente impressionado com os arranjos do Saturnino, valeu a noite ouvir este grupo potiguar que merecia uma maior valorização no cenário musical brasileiro.

Internet e You Tube

Bossa & Jazz Street Band
Saturnino
Peter “Mad Cat” Ruth

Fotos para o seu deleite


Fotos tiradas ontém e postadas na página pública do Festival no Facebook (https://www.facebook.com/FestBossaeJazz)
Bossa & Jazz Street Band 
Saturnino
Peter MadCat Ruth

Anand Rao
Jornalista, Músico e Poeta
anandrao477@gmail.com

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Fest Bossa & Jazz Pipa 2013



O Fest Bossa Jazz Pipa está em sua quarta edição com uma particularidade, este ano será inteiramente na Praia de Pipa no Município de Tibau do Sul. Começando no dia 22 de Agosto até o dia 25 de Agosto, será  realizado numa área de 18.000 metros quadrados, com acesso pela rua principal do vilarejo.

O Festival será totalmente gratuito e contará com 12 shows de artistas nacionais e internacionais, workshops musicais e oficinas socioambientais, feira de artesanato e uma mostra de documentários e filmes sobre Jazz, Bossa Nova e Blues. Um dos maiores sucessos da edição passada a Bossa & Jazz Street Band fará todas as noites um trajeto da praia principal até a área do festival, convidando moradores e turistas para o início das apresentações e entretendo o público nos intervalos dos shows e neste ano estará se apresentando nas escadarias do Centro Comercial Vila Mangueira, na principal rua do vilarejo.

Links

Home Page do Festival - http://www.festbossajazz.com.br/home

Página Pública no Facebook - https://www.facebook.com/FestBossaeJazz

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Sábado, 15 h, Sarau do Anand Rao entrevistando Ailton Polak e Marcia Tigani


Neste Sarau o músico e compositor, além, de jornalista e poeta Anand Rao estará musicando os poemas de Ailton Polak ao vivo. O início da transmissão é 15 h e você pode assistir no seguinte endereço do facebook www.facebook.com/saraudoanandrao, clique no curtir e no aplicativo Ustream Live. Ou então vá ao Site da Ustream Tv (www.ustream.tv) e procure o canal Sarau do Anand Rao.

Ailton Polak é Coxa Branca, Capricorniano, Publicitário e locutor, nascido em Curitiba no dia 27/12/1984. Poeta, participou de oito volumes da Antologia dos novos Poetas Brasileiros Contemporâneos realizado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores ( CBJE – RJ). Dentro dessas antologias teve como destaque principal a poesia: “As vestes da vida”, premiada posteriormente no livro: “ As 100 melhores poesias de 2003/2004 “, livro lançado na Feira Bienal Internacional do livro, no ano de 2004, na cidade de Paraty – RJ. No ano de 2006 , com o poema : “ Rio, tangos e tragédias” ficou entre os 10 melhores classificados no II Concurso Internacional - Tango & Poesia, realizado pelo Sindicado dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro e pela Associação dos Poetas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (APPRJ) . Em 2007 participou da Antologia Poética: " Labirinto de espelhos" da editora De Leon, de Maringá-PR e em 2009 esteve no grupo de poesia Poeteias, dirigido por Gloria Kirnus, na Biblioteca Publica do Paraná. Carioca de "algema" possui admiração incondicional e amor absoluto a cidade do Rio de Janeiro, berço da Poesia e fonte de enorme inspiração. Admirador e entuasiasta da obra de Paulo Leminski, o mago Poeta e Judoca Curitibano e também da musica popular Brasileira, como um todo.

Marcia Tigani nasceu em São Paulo dos anos sessenta. Desde muito cedo manifestou interesse pela poesia e pela escrita , escrevendo seus primeiros versos aos 9 anos de idade. A vida encaminhou-a em direção à Medicina aos 16 anos ,na profissão que escolhera por vocação .E assim trilhou seu caminho pela área médica,na especialidade de psiquiatria, guardando seus escritos timidamente para si , até que em 2010 ,incentivada por grupos de poesia dos quais participava no Orkut, voltou a escrever com mais assiduidade .Desde então,Marcia Tigani vem paulatinamente "em busca do tempo perdido" nas letras,participando de antologias,concursos,sites poéticos,blogs,congressos de poetas e escritores e grupos poéticos variados no Facebook e Orkut,sendo algum de seus poemas premiados em concursos na internet.. Recentemente, lançou na Bienal Internacional do livro de São Paulo seu primeiro livro solo entitulado "CAMINHANTE:PROSAS E RIMAS AO VENTO". . Seus poemas podem ser lidos em seu site de escritora:www.marciatigani.prosaeverso.net MARCIA TIGANI _PROSAS E RIMAS AO VENTO www.marciatigani.prosaeverso.net

Assessoria de Imprensa

Anand Rao Multiempreendimentos

AQUI JAZZ UM ARTISTA - Texto de Alexandre Lemos

Acho que ninguém vai ler, o texto vai ficar longo. Mas fica aqui meu testemunho.
Não sei dizer com que idade comecei a compor. Desde que lembro de mim, lembro de inventar canções, cantigas, trovas cantadas. Mas foi só no início da adolescência que passei a compor usando um violão como guia, ali pelo começo da década de 1970. Era uma época difícil, o país entrevado pela ditadura, tudo era dúvida e medo. Mas a música popular resistia, apesar da censura, dos exílios, apesar da invasão crescente das multinacionais do disco, essas gravadoras que, com o tempo, passamos a chamar de majors, numa prova de nossa subserviência cultural.
Naqueles primeiros anos 70, algumas canções chamavam atenção e faziam sucesso de maneira especial. “Casa no Campo” soava país afora na voz da Elis Regina, “O Vira” era o grande sucesso do grupo Secos & Molhados, que acabava de arrebatar o público com sua androgenia psicodélica e música de primeira qualidade. Eu, começando a compor, não fazia ideia de que esses artistas acabariam entrando em minha vida e minha carreira. Mas o fato é que acabei virando parceiro de Tavito e Zé Rodrix, os caras que fizeram o Brasil inteiro desejar uma casa no campo, e de Luhli, a letrista de “O Vira” e genial compositora de zil outras canções. Pra completar, a mesma voz que brilhava no Secos & Molhados foi a voz que gravou umas das canções mais importantes que já fiz e aqui fica registrada minha gratidão ao Ney Matogrosso.
Olhando daqui, de meados de 2013, minha estrada de cancionista não parece das piores. Já fui cantado, gravado e regravado por mais de 40 intérpretes diferentes, mais de 140 canções minhas viraram fonogramas. Há quem me conheça, há quem me admire, há mesmo quem me tenha como exemplo. Mas eu, de verdade, sinceramente, não vejo mais graça na brincadeira.
Claro que gosto de compor, claro que ainda me sinto impelido ao violão sempre que uma ideia surge na cabeça. Claro que adoro quando recebo melodias pra letrar, claro. Mas também é claro que ser autor de canções é, cada vez mais, uma ato psicótico de falar sozinho e cantar para ninguém. Ou, então, é vender a alma ao diabo e entrar pra gangue.
Sou um artista. Confesso que tive dificuldades em lidar com isso, duvidei disso por muito tempo e cheguei a achar que a razão estava no refrão que alguém que não me lembro fez e que dizia “artista é o caralho”. Mas hoje sei que sou um artista e, ao reconhecer isso, tive condições de admitir que sou um dos bons.
Mas artistas não são pessoas desse tempo de agora. Vivemos o tempo dos profissionais. Tudo se resume a um negócio, acabei de ver o Lenine elogiando a dupla Chitãozinho & Xororó num documentário, dizendo justamente que a busca dos dois pela excelência era benéfica pro show business.
Tentei ser artista e profissional ao mesmo tempo. Juro que tentei. Assinei contratos com editoras, aceitei encomendas, fiz canções como quem faz jingles, a partir de briefings. Tive sorte de, nessa estrada desolada, conhecer outros artistas que também tentavam ser profissionais e dividiam minha angústia comigo. Só quem já passou por isso sabe o quanto é difícil fazer canções profissionais. Elas precisam ser originais e não ter nada de novo ao mesmo tempo. Têm que falar de amor sem falar de amor. Precisam ser únicas e iguaizinhas às que estão tocando nas rádios. E como tudo sempre pode ser pior, sempre chega o tempo em que pedem que você faça uma canção “meio Marisa Monte”. O que é “meio Marisa Monte?? Se é isso que querem, por que não pedem diretamente à Marisa Monte?? Claro que citei o nome da Marisa como exemplo apenas, eles pedem canções “meio outros autores” também. Chega-se ao ponto, aliás, em que não há mais pudor algum em copiar e nem briefing mais te mandam: você só recebe links do youtube com canções que você tem que usar como referência pra atender à encomenda que fizeram.
É desgastante, faz mal ao espírito e banaliza a música a tal ponto que dá vontade de largar o violão e abrir uma franquia de pão de queijo.
É preciso lembrar que o mercado não é cruel apenas com os autores. Um amigo meu, radialista de uma FM nordestina, foi demitido porque botou pra tocar em seu programa uma canção que não constava da lista oficial da rádio. Ele ouviu a tal música num CD independente, gostou e resolveu mostrar ao seu público. A direção da rádio não gostou. Na reunião, lembraram a ele que cobrar jabá era monopólio da diretoria. Ele argumentou que não tinha cobrado nada pra executar a canção. Não acreditaram, botaram ele na rua.
Uma outra amiga minha, cantora, aceitou emprestar sua voz para uma trama televisiva. O convite, afinal de contas, tinha vindo do próprio diretor do programa. Ela se reuniu com a produção pra saber detalhes e se assustou com a baixíssima remuneração. Ingênua, deixou escapar que tentaria que o tal diretor conseguisse um aumentozinho na grana. Em resposta, recebeu a ameaça do produtor: se fizer isso, você pode até conseguir ganhar mais dessa vez, mas nunca mais vai trabalhar pra nossa emissora. Sabendo que esse é o tal mundo profissional, ela se rendeu e trabalhou em troca de trocados.
Em determinado momento, pareceu que os artistas ditos independentes seriam a salvação da lavoura. Eles tinham, pelo menos, a virtude de não fazer encomendas, gravavam as canções que os autores faziam apenas por inspiração. Mas por uma estranha forma de ver o mundo, o artista independente, em sua maioria, acha que só ele merece ganhar alguma coisa com seu trabalho. Não paga direitos autorais pela venda de seus CDs e, via de regra, não encaminha pro ECAD a lista do que vão cantar nos shows. Como o ECAD não é bom de adivinhação, o autor fica a ver navios.
O que se quer quando se compõe uma canção? A gente quer que os outros ouçam, ué, nada mais que isso. E pela lista que mencionei acima, de intérpretes e gravações, muita gente ouviu as canções que fiz. Já tive canções em trilhas sonoras de séries, novelas e especiais de TV. Já tive canções entre as mais executadas nas rádios. Mas sem querer ser chato, preciso dizer que nem isso dá pra comemorar.
Pois é. Nesse mundo profissional, nada é fruto de talento, tudo deriva de investimentos. E nem todos os investimentos são, sequer, minimamente decentes. Quer colocar uma música na novela? Creia, ela não precisa ser uma boa canção, mas você tem que ser muito “bem relacionado”. Ou precisa ter uma major interferindo por você. Quer que sua música toque no rádio? É simples: pague o jabá. E assim por diante, há jabá pra aparecer na TV, pra dar entrevista, há jabá pra alguém apenas comentar em algum lugar que você existe.
Resultado? Eles conseguiram estragar até isso, estragaram a alegria que um autor sente naturalmente ao ouvir sua música no rádio ou na TV. Sim, porque você até se anima quando a música começa a tocar mas, de repente, vc lembra que tudo é profissional e que sua canção só está tocando porque você, ou alguém, está pagando jabá. Aí tudo perde a graça e, pior, sua música estar tocando na rádio significa apenas que você finalmente conseguiu que o diabo se interessasse por sua alma.
Engraçado é que nesse cenário atual, há uma porção de compositores em plena guerra pela regulamentação dos direitos autorais. Para isso, inventaram até uma lei que permite ao governo se meter nisso, como se não houvesse já incompetentes suficientes cuidando do assunto. Mas me espanta mesmo é que essa luta pelos direitos autorais parece ignorar a existência do jabá. O jabá determina que música toca e que música não toca nas rádios e nas tevês!!!!! E só as que tocam nas rádios e nas tevês serão também muito executadas nos shows!!!! Há também a turma que recebe direitos autorais pelas trilhas incidentais da programação das tevês, pelas vinhetas e pelos pequenos temas musicais. Mas essa é uma área também cercada de mistérios, marcada por privilégios e tráficos de influência, sendo que até há pouco tempo o disparate era tanto que um autor de vinhetas ganhava mais grana que um autor de canções, por exemplo. Ou seja: só recebe uma boa grana de direito autoral aquele autor cuja obra se beneficia do dinheiro ilegalmente pago para que esta ou aquela música vire “sucesso” ou aquele outro que é chamado de autor por um tcham tcham tcham qualquer. Na prática, portanto, lutar hoje por direitos autorais é apenas clamar por uma parte do roubo ou do desvio.
Mais do que direitos autorais, faltam mesmo são os direitos de ser autor. Os direitos de ser artista sem que isso signifique ser marginal ou marginalizado. Os direitos de uma pessoa ser ouvida ou vista ou assistida ou lida. Os direitos da sociedade em ouvir o que ela mesmo faz e cria, sem passar pelos filtros dos executivos das majors e das rádios e das tevês, uma gente que não entende nada de arte, não tem bom gosto e nem escrúpulos.
Tô cansado, sem nenhuma vontade de seguir nesse trem de doido. Pensei em me aposentar, mas me disseram que artistas não se aposentam, pela própria natureza do que fazem. Que esse texto, então, me sirva de obituário simbólico e que, pra ficar ainda mais musical, receberá o título de Aqui, Jazz. O que não passa de um típico trocadilho de músico.

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Hoje, Quinta, 01/08, 20 h, Sarau do Anand Rao direto via web para teu micro com Paulo Dubois e Sérgio Murilo




O Sarau do Anand Rao é transmitido pela Ustream Tv (www.ustream.tv) procurar o canal Sarau do Anand Rao ou via facebook (www.facebook.com/saraudoanandrao) clicar no curtir, no aplicativo Ustream Live e depois no centro da tela da TV.

Como sempre Anand Rao vai improvisar, musicar poemas e interpretar canções diversas. Os entrevistados de hoje são Paulo Dubois e Sérgio Murilo.

Paulo Dubois nasceu em Salvador, no 15/02/1969, é faixa Vermelha e Branca 6° Dan de judô e profissional de Ed. Física, acredita que a revolução do mundo será o fim das desigualdades sociais para a construção de um mundo mais justo, humano e fraterno. É administrador do Parque da Cidade desde janeiro de 2011, Vice-presidente da Federação Mundial de Judô (WJF) e professor de Judô. Antes de ser nomeado Administrador do Parque atuava como empresário no ramo de academia, professor de Judô e presidia a Liga Nacional de Judô, cumprindo dois mandatos de novembro de 2005 até novembro de 2011.


Sérgio Murilo nasceu na cidade do Rio de Janeiro. No entanto, mora há 25 anos na cidade de Boa Vista, em Roraima. Um admirador da leitura, procurou ler de tudo: gibis, livros de bolsos e literatura infantil. Aos 17 anos arriscou as suas primeiras linhas. Aos 18 anos, após ter conhecido as obras do escritor Gibran Khalil Gibran, resolveu colecioná-las e logo depois foi apresentado ás obras do poeta J. G. de Araújo Jorge. A partir daí convenceu-se em entrar de vez no mundo da poesia. Em 2004, participou do COMPOESI – Concurso de Poesias do SESI, onde conquistou o 1º Lugar com o poema “Meus Filhos”. Em 2007, publicou seu primeiro livro, “Antologia dos Poetas Virtuais”, junto com mais 19 poetas. No ano de 2009 e 2010 foi convidado a participar do projeto Retalhos 2 e Retalhos 3, mais uma coletânea em sua carreira. Hoje, tem como prioridade, a publicação do seu livro de poesias individual, que deverá ser concretizado ainda nesse ano de 2013.