(Publicação do Jornal O Globo de 05/06/2013)
Programa começará por Santos Dumont e Congonhas
Geralda Doca
BRASÍLIA E RIO
Após o caos no aeroporto Santos Dumont, fechado por três vezes durante a tarde e noite de anteontem por problemas meteorológicos, gerando atrasos e cancelamentos de voos em cascata, o governo decidiu criar um plano de contingência para minimizar os problemas causados aos passageiros. Hoje, não há operação de emergência em situações como esta, só a obrigatoriedade de as companhias garantirem assistência ao passageiro. O plano de emergência para Santos Dumont e Congonhas (SP), que costumam fechar com frequência, diante de fortes chuvas, terá que ficar pronto em 15 dias.
O assunto foi discutido ontem, em reunião do ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Infraero. O plano de contingência dará prioridade à informação aos usuários, como previsão da reabertura do aeroporto e detalhes do voo que estava programado e vai atrasar. Uma autoridade se responsabilizará pela operação de emergência e opções de desvio de voos, com dados das companhias e de órgãos que atuam nos aeroportos.
Ampliação de turnos
A ordem é reforçar as equipes, ampliando turnos de trabalho nos dias de problemas climáticos. Para Moreira Franco, o que aconteceu no Santos Dumont mostra que o usuário não tem informação adequada:
- O passageiro não pode perder a capacidade de se programar e isso está acontecendo. Para muitas pessoas, a viagem é parte de seu trabalho, não pode falhar. Se acontecer imprevisto, elas precisam saber sem demora como as dificuldades vão ser resolvidas. Além de providenciar a reabertura das operações do aeroporto, o plano precisa garantir conforto, segurança e bem-estar ao usuário.
Em duas semanas, o Santos Dumont foi fechado duas vezes por mau tempo. Como voos foram transferidos para o Galeão segunda-feira, faltaram aviões no pátio. O plano será voltado para Santos Dumont e Congonhas, mas pode ser adaptado a outros terminais.
Ontem, passageiros voltaram a enfrentar longas filas no Santos Dumont. Segundo a Infraero, por causa do mau tempo, aviões tiveram que pousar no Tom Jobim. Até as 17h, dos 111 voos programados de partida, 24 haviam sido cancelados e 50 estavam com atraso. Dos 103 voos programados de chegada, havia 21 cancelados e 27 com atraso.
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