Capa do CD
Eu costumo dizer
que tenho muita sorte e o privilégio de transitar pelo universo artístico. O
que para mim sempre me fez compreender a dificuldade e a dedicação de inúmeros
expoentes, observar e analisar como é seu entendimento, desprendimento, e empreendimento
na busca de formas de apresentar e representar a arte deles para o público. Sua
idiossincrasia artística que funciona como um espelho e inspiração nas nossas vidas
cotidianas.
Tenho um grande
amigo: “lutador” “entusiasta” e “inovador” que se chama Anand Rao, que como ele
se define é jornalista, poeta, músico, produtor, agitador cultural, ufa! E eu
completo: guru musical, com um talento incrível para criar melodias, musicar
poesias e interpretá-las de modo impar.
Lutador sim! Veja
esse cinquentão, já superou dois canceres (sim senhor, eu disse dois, o que não
é tarefa nada fácil para ninguém). Entusiasta, porque ama o que faz e incentiva
quem está ao seu lado (me incluo aí) para se ter uma pequena ideia o sujeito
transformou a sala de estar da casa em um mini estúdio de onde promove a
cultura, a arte e os artistas daqui e de outros lugares através de seu Sarau. Inovador,
pois atualmente está fazendo isso por meio de vídeo conferência e sendo visto e
ouvido pela internet em todos os cantos do planeta, parodiando uma emissora de tevê
local: A audiência só subindo!!
Polêmico, amado
e odiado por meia cidade, já foi dono do Woodstook, tradicional bar que
alimentava e fomentava a noite da “city” nos idos 90. Incorpora atualmente, um
misto do “self-made-man”, com os resquícios do passado, elaborando o presente e
projetando para o futuro novos desafios artísticos para ele e seus companheiros
de jornada. Tenho orgulho de dizer que Anand é um vencedor só por ser quem ele
é e por intuir que toda a batalha a qual empresta seu tempo, disposição e gênio
é a boa batalha.
Acaba de lançar
um cd autoral (Songs for Montreaux Jazz Festival, festival renomadíssimo que
tem como foco grandes nomes do jazz, do fusion, da new and old world music, às tendências que permeiam a
avant-garde do mainstrem musical deste estilo pungente. Reitero ainda que ele
elaborou e fez tudo sozinho, à base do bloco do eu sozinho, como ele gosta de
frisar. Música para ouvir e se deleitar.
Vozes, sons e efeitos, todos conjugados em um formato incrível, bem experimental
e orientado para uma nova abordagem , uma new instrumental bossa, ou seja lá o
que isso enseje. Um arquivo musical que tenho certeza que faz jus e homenageia
muito um evento deste porte.
Irá juntamente
com Fábio Barros (outro amigo, cantor e parceiro boêmio, a quem dedicarei outras
linhas num próximo ensaio) para a Suíça, e eu tenho convicção de que lá
causarão um frisson. Boa sorte para os
dois e representem um pouco do Brasil na Europa, confraternizem-se nesta festa
da música, troquem experiências e tragam para cá um pouco da alegria, da
musicalidade do festival. E claro, promovam, divulguem e vendam a arte do
Brasil por aquelas bandas.
Contra Capa do CD
Henrique Inácio - Articulista
By: Henrique
Inácio
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